Pela primeira vez desde maio, o preço do frete rodoviário por quilômetro rodado registrou uma queda e fechou outubro em R$ 6,40, de acordo com o Índice de Frete Edenred Repom (IFR). A redução de 0,62% em relação a setembro, quando o valor era de R$ 6,44, reflete dinâmicas específicas entre setores como o agronegócio e a indústria.
Segundo Vinícios Fernandes, diretor da Edenred Repom, a movimentação do setor industrial e de bens de consumo segue impactando os custos de transporte. "Embora tenha havido uma queda pontual, o frete se manteve estável durante o ano, com leve tendência de alta entre maio e setembro", destacou.
A projeção econômica também aponta novos desafios. O aumento do dólar e uma taxa SELIC acima do esperado para 2024 podem pressionar os preços do frete no final do ano, alerta Fernandes.
O combustível, um dos principais indicadores do custo logístico, também registrou variações. O preço do diesel comum encerrou outubro a R$ 6,11, com alta de 0,16% em relação ao mês anterior. O diesel S-10 seguiu a mesma tendência, fechando em R$ 6,18, segundo o IPTL (Índice de Preços Edenred Ticket Log).
"A estabilidade dos custos operacionais das transportadoras reflete uma combinação de fatores, incluindo o desempenho do mercado de combustíveis e as perspectivas econômicas atuais", concluiu o diretor.
Enquanto o mercado acompanha os próximos movimentos, o cenário ainda reserva surpresas para o transporte rodoviário. Fique atento!
A queda pontual no preço do frete rodoviário em outubro representa um momento de respiro para transportadoras e embarcadores, mas o cenário futuro exige cautela. Fatores como a alta no dólar, uma possível manutenção da SELIC em patamares elevados e o comportamento do mercado de combustíveis indicam que os custos logísticos podem voltar a subir no curto prazo.
Empresas do setor devem se preparar para oscilações e buscar eficiência operacional, inovação e planejamento estratégico para enfrentar as incertezas e aproveitar as oportunidades. A estabilidade no preço do diesel e a dinâmica entre os setores seguem como termômetros importantes para o mercado de fretes nos próximos meses.
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